sábado, 6 de novembro de 2010

De baixo de Chuva, Eminem faz show para 30 mil pessoas em São Paulo

Jorge Rosenberg/iG


Contrariando as notícias de que seus shows vinham sendo desanimados mundo afora, assim como sua recente fase musical, Eminem mostrou empolgação em sua esperada primeira apresentação no Brasil, ocorrida na noite de sexta-feira no Jockey Club de São Paulo, dentro do festival F1 Rocks. Diversificou o repertório e, mesmo com a forte chuva que caiu na capital pauista durante seu show, teve toda a atenção dos presentes.
A arena montada no Jockey passou longe de estar lotada. No entanto, aqueles que foram ao evento assitiram a uma apresentação digna de um dos maiores nomes da música mundial dos últimos tempos, que contou com elogio às mulheres brasileiras e outras já conhecidas tentativas de comunicação em português.
A chuva acabou servindo de desculpa para o show começar bem depois do prometido, mas não foi determinante para ditar o ritmo da plateia, que se manteve empolgada. Atrasou e encurtou bastante os shows de Marcelo D2 e N.E.R.D, que tocaram antes de Eminem, e quase comprometeu a apresentação do rapper de Detroit. Eminem subiu ao palco por volta das 23h e mostrou o seu melhor.
Discreto no figurino e vestindo roupa toda preta, com uma bermuda, blusão de capuz e boné, que o protegiam da chuva, o Slim Shady mostrou que hoje está mais experiente e objetivo. Sem muito rodeio, passeou por seus hits, dando ao público o que ele esperava. 
Durante o show, mostrou faixas do recente “Recovery”, até lembranças de 10 anos atrás por meio de “The Real Slim Shady” (de 2000), passando pelo trecho da nova música “Airplanes”, gravada com o rapper B.o.B e a cantora teen Hailey Williams, do grupo Paramore. Deu tempo de relembrar a trágica “Stan”, que traz a inglesa Dido no refrão, e “Lose Yourself”, que garantiu o primeiro e único Oscar para um rapper, na categoria trilha-sonora (8 Mille – Rua das Ilusões /2003).
O público era variado: alguns poucos fãs de rap devidamente trajados com calças largas e bonés, misturados a muitos adolescentes e adultos, que pareciam conhecer o som de Eminem apenas de festas ou clipes. Havia também aqueles que pareciam ter os raps do norte-americano como trilha sonora da juventude, muito bem representada pela obra irônica e raivosa do rapper.
Antes de seu último e aclamado álbum, “Recovery”, Eminem vinha de uma série de fracassos mercadológicos, graças a trabalhos que nâo vingaram. Alguns dos motivos foram os problemas com remédios antidepressivos e constantes brigas com sua ex-mulher, que tiraram o foco do rapper. No final dos anos 90, Eminem apareceu como um dos artistas que mais vendia no gênero, apesar de ser um dos únicos rappers brancos em evidência.
Seu ápice ocorreu em "The Marshall Mathers LP" (2000), no qual ele tratava, nas letras, de seu amadurecimento musical e pessoal. Vendeu milhões de cópias do álbum pelo mundo.
N.E.R.D.  roubando a cena
O grupo N.E.R.D., liderado pelo vocalista Pharrell Willians, quase roubou a cena do festival. Empolgados com sua apresentação, a banda tratou de disparar todos os seus hits, até porque o tempo da apresentação do grupo estava bem reduzido devido à chuva e ao atraso no início do festival.
Começando com a agitada “Everyones nose”, o N.E.R.D. passou brevemente pelos seus sons, focando nas novidades do recente “Nothing”, de 2010. Pharrell mostrou que sabe conduzir o público, inclusive ao oferecer seu refrão mais grudento e famoso por aqui: o hit “Beautiful”, fruto da parceria com o rapper Snoop Dogg. No Jockey Club, ao menos todos cantaram e pareceram felizes. 


Fonte: IG

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